segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Preparando-se para a Escola

Após 9 meses da "descoberta" do Autismo na minha vida, está chegando a hora do Marcelo ir à Escola, e esse é outro capítulo de 2009. Começou ao escolher a escola, porque como tenho uma filha mais velha, ela tem 4 anos, o lógico seria colocá-lo na mesma escola. A questão é que dessa vez, tive que pesquisar melhor, conhecer o programas de inclusão das escolas, saber como crianças autistas são tratadas e como a escola entende essa questão. Daí me deparei, pela primeira vez, com o PRECONCEITO.
Nunca tinha sentido isso tão forte... A inclusão como um programa educacional das escolas é mais fachada do que algo real, praticado. Todas as escolas tem por obrigação de lei aceitas crianças com necessidades especiais, assim poderia colocar Marcelo onde eu quisesse, mas quero para meu filho uma escola que seja acolhedora para ele e para toda a família.
Depois de muito pesquisar, decidi inserir meus filhos na mesma escola que estudei, que vem desenvolvendo uma boa política de inclusão de crianças com necessidades especiais, ainda não é perfeita, mas dentro dos desafios em que nos encontramos pode ser a que melhor desempenha seu papel na nossa sociedade.
A abordagem é outra polémica pois as escolas daqui porque alguns não concordam com a abordagem usando as Acompanhantes Terapêuticas, mas é a que é usada e como necessidade de incluir meu filho, e compreendendo as limitações da escola, concordo com a presença de uma facilitadora para meu filho. Essa pessoa fica uniformizada como as Professoras mas oferece ao Marcelo ajuda específica, sem que as outras crianças percebam ou mesmo os outros pais.
As aulas ainda não começaram e será um novo desafio, as dificuldades do dia-a-dia que irão surgir.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Palávras ou Números

Ontem Marcelo foi perceptível a pronuncia dos números 1, 2, 3, 4 e 5. Me emocionei, ele está a cada dia balbuciando mais e não vejo a hora de o ver falando, o mais curioso é que normalmente as crianças começam falando "papai", "mamãe" ou "água".
Marcelo é diferente, a necessidade de se comunicar não é algo expresso, mas a curiosidade em assuntos distintos é! Adora brinquedos de encaixe e formas e fica extasiado passando páginas de livros.
Experar pra ver seria uma postura mais comum, mas essa não foi a que eu optei por tomar. Decidi correr atrás e fazer o possível, daí vieram as viagens a São Paulo e pesquisas na internet e em livros sobro o assunto, que na maioria das vezes é em inglês. Dessa forma decidimos fazer um mix entre a abordagem tradicional onde ele faz seções com as Terapeutas (Psicológa, Terapeuta Ocupacional, Fonoaudióloga e Fisioterapeuta)que trabalham dentro da metodologia do ABA (Applied Behavior Analysis),ou seja, Análise do comportamento aplicado aliado a uma abordagem Bio-médica, onde são adiministrados probióticos, vitaminas e suplementos.
Fazemos ainda a dieta GFCF (Gluten free, casein free) onde excluímos a caseína e o gluten. Coincidencia ou não, logo após iniciar a dieta ele começou a dormir melhor e ficar menos irritado, pode ser coincidencia, mas usamos o velho lema que diz "em time que está ganhando não se mexe" concorda????
Falar dessas abordagens numa postagem é pouco pois são assuntos complexos e polêmicos, muito se discute acerca desses assuntos e como dito antes, ainda não existe A CURA, e nem mesmo o que é usado com uma criança pode dar certo com outra. Assim como é ampla a possibilidade de diagnóstico, também é com o possível tratamento.
As tentavivas são muitas, mas o importante é não desistir nunca, fazer o melhor, o que está dentro do alcance de cada um!!!!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Comecei hoje

Comecei o Blog hoje e ainda estou me acostumando com a idéia... Mas como um registro acho interessante. Marcelo é um garoto de 2 anos e 4 meses e com 1 ano e meio começamos a investigar a ausência de comunicação entre ele e outras pessoas.
O fato de não reconhecer o próprio nome quando chamado foi o que mais nos chamou a atenção, no restante parecia uma criança como qualquer outra. Levamos aos médicos na nossa cidade e depois de muitos exames (auditivos, ressonância) chegaram ao diagnóstico de Transtorno Global do Desenvolvimento TGD, resumindo: uma forma de Autismo, como o Autismo tem diversos níveis de manifestações os médicos não se comprometem em determinar até que as características estejam bem evidentes.
O fato é que entrei em um universo até então conhecido apenas pelos filmes como Rain Man, vi que existem muitas interrogações. O que causa? O que cura? O que fazer?
Buscar o melhor caminho se tornou objetivo principal na minha vida e decidimos ir a São Paulo, consultar um especialista no assunto, Dr Salomão Shwartzman, que nos esclareceu sobre vários assuntos.
A pesquisa e o empenho da família em aceitar são fatores importantíssemos pois a nossa postura perante o problema que surgira foi o que tem nos dado os resultados que estamos atingindo até agora.
Nos dias a seguir postarei mais sobre a história que se desenvolveu em 2009 e o que estamos pretendendo fazer no futuro.